9 de fevereiro de 2009

Até a próxima!

Missão cumprida! Alcançamos os três objetivos da Expedição na Cola do Dakar. Éramos dois entre os 500 mil loucos que assistiram a largada do Rali em Buenos Aires, molhamos os pés nas geladas águas azuis do Oceano Pacífico e cruzamos o Atacama, o mais árido deserto do mundo. E tudo deu certo.
Este blog, composto por 55 posts publicados e meia-dúzia de comentários, durante a viagem encurtou distâncias e ajudou a matar a saudade de casa. Agora, o http://www.nacoladodakar.blogspot.com/ passa a servir , quase que exclusivamente, como um bom (espero) banco de dados para as outras expedições. Destinos não faltam. Jalapão? Patagônia? Lençóis? Pantanal? Uyuni? Quem sabe? Melhor começarmos, a Dani, o SMM e eu, a nos preparar! Quem topa?
E as fotos? Sim, criamos uma enorme seleção virtual das fotos da viagem. Estão todas aí:
http://picasaweb.google.com.br/t4malobra/NaColaDoDakar#

Até a próxima!

28 de janeiro de 2009

Novos amigos

Além de memórias, fotos, lembrancinhas, muambas e dívidas, voltamos da expedição com mais amigos.
Em Foz do Iguaçu, conhecemos o muito simpático casal de trolleiros, Zé Galant e Selma. Além do bom gosto em escolher 4x4, os dois também se divertem "navegando" o T4 pelo Brasil e países vizinhos. Não nos encontramos em Buenos Aires, como combinado. Zé, não vá pensar que isso tem alguma relação com o fato de estarmos devendo um jantar a vocês! Caramba, não temos nenhuma foto do casal de Belo Horizonte!
Na fila da Aduana chilena, João, Vânia (olha a foto deles, em Santiago, aí ao lado) e "Vera", uma senhora Veraneio que já faz parte da família. Os três, depois de Santiago, foram dar uma volta na Patagônia! João, não esqueça de nos enviar fotos e relatos da viagem!
Também não podemos deixar de citar os três patetas (no melhor sentido!) responsáveis pela pousada de San Pedro. Destes temos foto, ela foi publicado num outro post. Fizeram até pose. Têm bom gosto para camisetas esses chilenos!
A lista poderia ser bem maior, se esse jipeiro não esquecesse nomes, emails e telefones das muitas outras pessoas interessantes que encontramos nesses dias. Aos brasileiros, argentinos, chilenos, franceses, havaianos, madagasquenhos e todos os outros que conhecemos, um grande abraço!

21 de janeiro de 2009

Como dirigem esses latinos?

No geral, depois de rodar quase 10 mil quilômetros entre Brasil, Argentina e Chile, podemos afirmar que esses latinos dirigem bem. Na verdade, a maioria dirige melhor que os motoristas de um grande país vizinho.
Na Argentina, apesar da idade e do estado de conservação da frota (Buenos Aires lembra, neste aspecto, Havana), tudo funciona bem. Ninguém supera os limites de velocidade, ninguém faz ultrapassagens arriscadas.
O mesmo vale para os chilenos. Bom, no Chile a frota é bem mais moderninha, mas o respeito pelas leis de trânsito é o mesmo. Exageram até. Onde há uma placa de "PARE", eles param, literalmente. Pedestres têm a preferência, não importa o tamanho e o movimento da avenida.
Nos quase 8.000km percorridos fora do país não presenciamos nenhum acidente. Na volta, poucos quilômetros depois de Foz, ou seja, alguns minutos depois de entrar no Brasil, lá estavam equipes de resgate ajudando os passageiros de um veículo acidentado. Coisa séria.

Na Cola do Dakar em números

Em 20 dias, percorremos, contando as distâncias entre as cidades e todos os passeios que fizemos acompanhados do SMM, 9.662 quilômetros. Pra isso, o nosso 4x4 precisou de 1.017 litros de diesel.
Ao todo, contando pousadas, cabanas, motéis e hotéis, dormimos em 10 lugares diferentes. Além do Brasil, visitamos 3 outros países. Lidamos com Reais, Pesos Argentinos, Chilenos e Dólares.
Em toda a viagem, passamos por 54 pedágios. Só nas estradas brasileiras, que correspondem a cerca de 20% do total percorrido, foram 28, quase 52%. Ao converter esses números para Reais, viajar pelo Brasil fica menos convidativo.
Foram tiradas 1.559 fotos. Algumas com qualidade o suficiente para serem selecionadas para o álbum virtual da expedição. Outras ficarão só no arquivo pessoal mesmo.
A Dani perdeu, em Foz do Iguaçu, uma blusa. Em São Pedro, um travesseiro. Provavelmente, em algum outro lugar, mais alguma outra coisa que ainda não demos falta.
Em La Serena, estivemos ao nível do mar, literalmente. Entre São Pedro e Salta, 4.837 metros de altitude.
O maior trecho percorrido num mesmo dia foi, entre Foz do Iguaçu e Buenos Aires, de 1.354km. O menor, entre Santiago e La Serena, 408km.
Embora não saibamos exatamente, podemos garantir que tanto as maiores como as menores temperaturas foram observadas na região do Atacama. De dia é quente pra burro. À noite, frio de rachar.
Se lembrarmos de mais algum número interessante, aumentaremos a lista.


20 de janeiro de 2009

Diário de bordo: dia 19

Estamos em casa! A Expedição Na Cola do Dakar acabou! Acabaram também as nossas férias! Mas vou arranjar um minutinho e colocar a foto da "chegada"!
Como saímos tarde de Foz, depois do almoço, chegamos em São Paulo à meia-noite. Pousadas são legais, hotéis são ótimos. Mas gostamos mesmo é da nossa casa.
Duas semanas fora do país fizeram com que esquecêssemos como funcionam as coisas em nossas estradas. Em poucos minutos, excesso de velocidade, ultrapassagens perigosíssimas e onde foram parar os guardas rodoviários? As estradas são um pouco melhores, mas os pedágios...voltaremos a falar disso num outro post. Aliás, todos os números da expedição, quilômetros percorridos, litros de diesel queimados, pedágios e outras coisas estarão neste texto.
A todos vocês que acompanharam a viagem e ajudaram a diminuir um pouco a saudade de casa, da família e dos amigos, um abração!

18 de janeiro de 2009

Diário de bordo: dia 18

Voltamos à Foz. Continua quente como há alguns dias. Desta vez, nada de passeios. Vamos descansar uma noite e, na manhã seguinte, ir para São Paulo.
No caminho de Foz, o chaco argentino. Durante a preparação da expedição, foi comum colher relatos ruins sobre os policiais rodoviários da região. De novo, recebemos um ótimo tratamento. Ou somos sortudos ou esses guardas são injustiçados! Acreditem, numa das inúmeras blits policiais, um guarda percebeu um muito raro descuido do segundo-navegador da expedição e corrigiu o curso da viagem. Por outro lado, nenhum documento exigido, nenhuma vistoria, nenhum carimbo, nem sequer um "boa viagem" na aduana brasileira. É muito fácil entrar no país com qualquer coisa...perigo, não?
Antes, ainda em solo portenho, ao anoitecer, 3.549 mosquitos, muriçocas, libélulas e outros insetos estranhos se chocaram no pára-brisas do SMM. Tivemos que parar a viagem para reabastecer o reservatório de água do limpador do virdo dianteiro.
Próxima parada, home sweet home!

Resgate na Cordilheira

Quase esqueço (o SMM ficaria furioso!).
Entre os Geisers del Tatio e São Pedro, a 3.800m de altitude, uma dessas vansinhas asiáticas (são todas iguais, não me perguntem o nome!) recusava-se a voltar a funcionar. O SMM, cavalheiro, convenceu a mocinha a voltar à ativa. Afinal, um punhado de turistas dependiam dos serviços da perua.
Claro, o "tranco" tá registrado.

Diário de bordo: dia 17

Saímos do Chile. Entramos na Argentina. Deixamos a hippie São Pedro pra trás. Ficaram também Juan e seus amigos, os simpáticos chilenos que tomam conta da pousada que ficamos.
Entre os dois países, novamente, a Cordilheira dos Andes. Escolhemos atravessar o Paso Jama, a alternativa mais ao norte, quase Bolívia. Passagem maluca. No caminho, areia, pedras, sal, montanhas, lhamas, mais pedras e mais areia.
Ficamos toda manhã acima dos 3.500 metros de altitude. Nosso novo recorde, 4.837 metros! Na aduana argentina, que não é lá muito simpática, nenhum problema. Entramos pela segunda vez no país tranquilamente. Outro país, mesma paisagem. Impressionante as Grandes Salinas.
Rodamos muito nesse dia. Passamos direto por Salta e fomos dormir em Resistência, entrada para o chaco argentino. No total, mais de 1.350km de estrada. Antecipamos, assim, nossa chegada à São Paulo em 1 dia.
Próxima parada, a conhecida e abafada Foz do Iguaçu, Brasil (ufa!).

16 de janeiro de 2009

Diário de bordo: dia 16

Esse foi o nosso último dia de passeios no Atacama. Na verdade, foi o último dia de passeios de toda a expedição. De manhã fomos visitar a região dos Geisers del Tatio. Lugar maluco. Por todo o lado sai, do meio das pedras, água fervendo. Parece outro planeta. Mas as vicunas gostam. Há várias por lá. No caminho, batemos o nosso recorde de altura: 4.534 metros.
Na volta, uma parada obrigatória são as Termas de Puritama. Uma sequência de 8 cachoeiras com águas a 38 graus no meio do deserto. Delícia!
Amanhã começa oficialmente nossa volta pra casa.

Diário de bordo: dia 15 - últimas fotos

Depois das lagunas, como o SMM deixou as frescuras pra lá, esticamos o passeio até o Salar das Águas Calientes. Longe pra burro, bem isolado de tudo. Valeu a pena. Até o nosso 4x4 se divertiu sobre o sal.

Diário de bordo: dia 15 - primeiras fotos

De manhã, domingo, bem cedo, 10h (caramba, tô de férias, vocês não queriam que eu fosse consertar o freio do jipe na madruga, nê?), fomos ver o tamanho da encrenca. Com o flexível que leva fluído de freio para as rodas traseiras rompido, a solução proposta pelo melhor mecânico de trollers de São Pedro (adivinhem quem?) era isolar o vazamento, completar o nível do fluído, "sangrar" todo o sistema e continuar as férias. Como esse não é um blog de "mecânica", vamos logo aos resultados. Ao meio-dia estávamos saindo para visitar as Lagunas Altiplânicas, localizadas a 100km de São Pedro. E o SMM? Bom, usando meus preciosos conhecimentos de química, aliados aos recursos locais, o problema foi resolvido usando-se cuspe de lhama, pasta de cactos e muito arame. Pode-se dizer que o SMM vai descer os Andes e voltar pra casa com o "reverso pinado". Mas vai voltar.
As Lagunas Altiplânicas são outro cartão postal. Afastadas de São Pedro, bem à leste, são duas lagoas enormes, residência de pássaros e, por isso, bem protegidas pela comunidade atacamena.
No caminho, lhamas, vicunas (prima da lhama), um tipo estranho de ema e uma rapozinha, zorro, muito engraçadinha.

14 de janeiro de 2009

Diário de bordo: dia 14 - Parte II

Laguna Cejar, Ojos del Salar e Salar de Atacama. Três dos lugares mais impressionantes que vimos. O primeiro, uma lagoa de águas muito salgadas. Há tanto sal que não se consegue afundar de jeito nenhum. No começo, é engraçado. Depois, olhos, boca, cabelo e pele começam a reclamar. O sal resseca e irrita tudo! Em contrapartida, depois, pulamos, literalmente nas águas doces (!) de Ojos del Salar. São dois "buracos", um do lado do outro, no meio do nada. Por último, o Salar de Atacama, uma área enorme, grande mesmo, completamente tomada pelo sal branco. Parece neve, mas é sal e água. Incrível!
Vocês, claro, perceberão que as paisagens não "cabem" na foto. São todas enormes, não há nada pequeno no Atacama, tudo é em altas doses, exagerado. Que falta faz uma grande angular...
O Salar é afastado de São Pedro. Fica numa área remota, isolada de tudo, num labirinto de trilhas sem nenhum ponto de refência. Pode existir lugar "melhor" para, à noite, ter algum problema? Pois é, não é que o SMM, numa crise de ciúmes, resolveu romper o flexível do freio no meio do deserto? Além disso, depois de jogar metade do fluído de freio nas areias, o danado deixou que muito ar entrasse no sistema, inutilizando por completo todo o seu sistema de freio. Ótimo, não? Lembrei, na hora, do Cabeçudo Paulinho. No nosso último encontro de jipeiros, no Pacaembu, às quintas-feiras, esse senhor, ao nos desejar boa viagem, disse algo mais ou menos assim: "Que tudo corra bem. Na verdade, tomara que vocês tenham algum probleminha pra aumentar a emoção". Obrigado, Paulinho. Agora diga, só pra mim, os números da MegaSena da semana que vem...
Bom, o SMM se arrastou, completamente sem freios, até a pousada, em São Pedro. O conserto fica pra amanhã...não vou ficar entre as duas toneladas do mal humorado jipe e as frias areias do deserto à noite. Resolver isso em São Pedro, no domingo, vai ser "divertido".

Diário de bordo: dia 14 - Parte I

Segundo dia em São Pedro de Atacama.
E que dia. Logo cedo, visitamos, nos arredores do centro da cidade, as ruínas de Pukara de Quitor, uma fortaleza construída pelos atacamenos que deu bastante trabalho aos conquistadores espanhóis. Depois, ainda na manhã, fomos à Cordilheira de Sal, também bem próximo de São Pedro. Lugar preferido dos valentes que se arriscam a surfar nas dunas gigantes.
No começo da tarde fomos à Laguna Cejar, Ojos del Salar e ao Salar de Atacama, propriamente dito. Fantásticos! As primeiras fotos estão aqui (as três últimas). As demais, o relato completo e a surpresa do final do dia estão no próximo post.

12 de janeiro de 2009

Diário de bordo: dia 13

Chegamos à São Pedro de Atacama. De Antofagasta pra cá, rodamos quase nada, pouco mais de 500km (depois, quando chegarmos à São Paulo, consulto o GPS e detalho todas as distâncias com precisão).
São Pedro fica a dois mil e poucos metros de altitude, um vale entre as cordilheiras do Sal e dos Andes. No caminho, só areia! Passamos por muitas indústrias de extração de sal e salitre. Algumas desativadas, criando-se verdadeiras cidades fantasmas no meio do deserto. Antes de São Pedro, o SMM chegou, com um pé nas costas, a impressionantes 3.412 metros. Neste trecho nos deparamos com alguns veículos com problemas, todos causados pela altitude.
A primeira impressão da vila que nos servirá de base para incursões no meio do Atacama é que seu apelido, São "Perro" de Atacama, é completamente justificável. Em cada esquina, em todas as portas de restaurantes, há um ou dois cães de rua, perros, em espanhol. Simpáticos, sem dúvida.
Como chegamos cedo, fomos ao Vale de La Luna, bem próximo ao centro da cidade. Fantástico. Cavernas, dunas, costões rochosos e um impressionante por do Sol.
Começamos bem!



Diário de bordo: dia 12

Rodamos 900km até Antofagasta, ainda no litoral chileno. Viagem rápida, paramos pouco e as estradas são boas. No caminho, depois de Copiapó, apenas o gelado e cheio de tubarões (pelo menos é o que dizem as placas) Oceano Pacífico a oeste, e o seco e arenoso deserto a leste. Aliás, Copiapó foi o último destino em comum com a caravana do Dakar. Nós seguiremos para o norte do deserto, a competição cruzará as mesmas areias mais ao sul.
Estrada deserta. Chegamos a rodar quase 400km sem encontrar um posto de combustível. Comum são os "santuários" na beira da estrada, grandes, pequenos, cercados, coloridos.
A próxima parada será em São Pedro de Atacama, nossa porta de entrada para o deserto.

11 de janeiro de 2009

Diário de bordo: dia 11

Segundo objetivo da expedição cumprido. Chegamos à La Serena, litoral chileno. Estamos no Pacífico!
Depois de percorrer um pouco mais de 500km, chegamos a agradável cidade praiana. Lembra Riviera de São Lourenço, em São Paulo. Porém, as águas do Oceano Pacífico são bem mais frias, geladas mesmo!
Como a perna foi curta, chegamos cedo à La Serena. Deu praia! Duvidam? Vejam as fotos! Lembrem-se, às 21 horas, por aqui, ainda está claro. Praia limpa, bem frequentada...gostamos daqui!
No caminho, passamos por locais que também serão percorridos pelo Rali. As cidades chilenas esperam a competição ansiosamente mas nem de longe o clima é o mesmo que vimos na Argentina.
Próxima parada, Antofagasta, ainda no litoral.

9 de janeiro de 2009

Diário de bordo: dia 10

Santiago, Chile, é uma das cidades mais bonitas que vimos. Apesar de bem grande, consegue ser muito organizada, limpa e atraente para os visiantes.
Passamos um dia inteiro visitando alguns pontos do lugar. Ruas arborizadas, trânsito civilizado e parques, fontes e praças sempre frequentadas. Os chilenos gostam de passar algum tempo sob as sombras das árvores dos parques. É mesmo uma boa idéia.
Fomos ao Parque Metropolitano, Plaza das Armas, andamos de bondinho e teleférico (!) e conhecemos o centro histórico.
Além disso, Santiago, situada numa planície cercada por montanhas, uni bem sua história e tradição ao que existe de mais moderno. Antigas construções e palmeiras californianas dividem espaço com os novos edifícios e veículos sofisticados. Em cada quarteirão há um canteiro de obras. A comida, além de boa, é barata, como tudo na cidade. Gostei desta parte.
Cidade bacana, muito bem resolvida. Próxima parada, La Serena, praia!

8 de janeiro de 2009

Diário de bordo: dia 9 - últimas fotos

Ninguém, nem a Dani, o SMM ou eu, teve problema com a altitude. Sem dores de cabeça, ouvido, cansaço demais. Nem o consumo de diesel do jipe aumentou. Melhor assim. Em alguns dias, ao deixar São Pedro, vamos superar os 4 mil metros. É bom ir acostumando.
Próximo post: Santiago.

7 de janeiro de 2009

Diário de bordo: dia 9 - fotos e relato

Entre San Luis, Argentina, e Santiago, capital do Chile, 500km e uma Cordilheira. Cruzar os Andes foi um dos melhores momentos da expedição.
No caminho, ainda do lado Argentino, seguimos por quilômetros o Rio Mendoza. Aliás, a cidade de mesmo nome produz realmente ótimos vinhos. Conforme a altitude aumentava, mudava lentamente a paisagem. A fértil planície argentina cedia espaço a um solo muito mais árido e rochoso. Mesmo no verão, época de degelo das montanhas, cruzamos vários leitos de rios secos. A imagem da Cordilheira se aproximando impressiona. Assim como chamou nossa atenção também o clima da montanha. Acima dos 2.500m, os ventos, a humidade e a temperatura mudam em poucos minutos. De repente, surge por trás de umas das montanhas nuvens geladas trazendo chuva e ventos fortes. Assim como se aproximam, vão embora. Isso acontece o tempo todo e faz com que nos lembremos como é hostil a região.
Parada obrigatória é Puente del Inca. Quase no Chile, de frente para o Aconcágua, a paisagem do vilarejo é fantástica e há artesanato local em exposição e à venda. Adivinhem qual membro da expedição se encantou pelas peças, pinturas e outras coisinhas produzidas pelos nativos da montanha?
Atingimos, registrados pelo GPS, a marca de 3.206m na entrada do Túnel Cristo Redentor. De um lado da passagem, Argentina, do outro, Chile. Alías, entrar em território chileno foi um teste de paciência. Três horas parados na Aduaneira. Revistam tudo, de todos os carros. Mas são sérios, não houve nenhum tipo de problema. O ruim é que este tempo perdido fez com que a descida dos Caracoles acontecesse à noite. Droga! Era cartão postal garantido. Bom, a descida pelo lado chileno da Cordilheira faz, para quem conhece, a serrinha de Taubaté-Ubatuda, a Rodovia Oswaldo Cruz, parecer plana! De noite, com visibilidade auxiliada pelos seis faróis do SMM, foi divertido!
Mais fotos no próximo post.

6 de janeiro de 2009

Diário de bordo: dia 9

Estamos no Chile! Atravessamos a Cordilheira. Fantástico.
Assim que conseguirmos uma conexão envio as fotos e um relato mais completo.
Santiago, aliás, é muito legal.
Até logo.

Diário de bordo: dia 8

Chegamos a San Luis para apenas passar a noite. Uma pena, a região serrana da cidade é muito bonita e há muitas opções de passeios. Fica para a próxima.
O povo, como sempre, muito simpático. No hotelzinho que ficamos, literalmente na beira da estrada, fomos muito bem recebidos.
Praticamente cruzamos a Argentina, de leste a oeste. A rodovia, completamente plana, não ofereceu nenhuma dificuldade. Os quase 800k foram vencidos pelo SMM com facilidade. A paisagem se altera em enormes pastagens e cultivo de girassóis e milho.
Amanhã vamos à Santiago, Chile. Chegou a hora de testarmos nossa resistência à altitude, vamos cruzar, pela primeira vez, a Cordilheira dos Andes. Garanto boas fotos!

Diário de bordo: dia 7

Ainda em Buenos Aires.
Dia de descanso. Merecemos. O dia da largada foi intenso. Horas e horas sob o sol de rachar! Amanhã voltamos à estrada. Destino: San Luis. Retas e retas separam a capital da Argentina à cidade do interior. O fuso horário será diferente, ganharemos uma hora.
Até lá.

3 de janeiro de 2009

A largada - últimas fotos

Essas são as últimas. Algumas tiradas já tarde da noite. O Dakar está deixando a cidade. Agora largam de Palermo rumo à Santa Rosa.
A identificação dos pilotos fica por conta de vocês.
Cumprimos, então, um terço dos objetivos. Falta ir ao Pacífico e atravessar o Deserto do Atacama.

A largada - mais algumas fotos

Essas fotos foram tiradas do meio da rua, exatamente no trajeto percorrido pelos pilotos. Confesso, também fui um dos que impediram o caminho dos competidores. Foi engraçado. Aos pilotos argentinos eram saudados como heróis.

A largada

Nunca vi nada igual. Às 17h a cidade parou, literalmente, para assistir a largada do maior evento offroad do planeta. Tarde perfeita, quente e ensolarada. A abertura da edição 2009 do Dakar teve direito a apresentação de tango (tudo aqui tem direito a apresentação de tango), voôs de exibição de caças e maciça participação popular. Muita, muita gente mesmo cercou o trajeto delineado pela organização para a apresentação dos veículos e pilotos. Todas as 500 máquinas, quadriciclos, motos, carros e caminhões percorreram as ruas de Buenos Aires lotadas de espectadores. Ao todo, foram 7 horas de show. Duvido que os pilotos também se esqueçam do que viram. Em alguns pontos, os veículos eram parados pela platéia. Não creio que recepção calorosa assim aconteça em outro lugar. E os pilotos, ao menos a grande maioria deles, embarcaram na festa. Motos eram empinadas, carros aumentavam o giro e caminhões, já à noite, buzinavam sem parar. Vi pilotos cumprimentando a torcida e parando carros e motos para fotos com crianças e marmanjos. Em alguns momentos, eles é que fotografavam o público. Vi também o Reinaldo Varella parar e descer da L200 para cumprimentar um grupo de brasileiros.
Foi fantástico! Acho que o Rali começou bem. Acho que a Argentina marcou pontos para continuar sediando o Dakar.
As fotos, fraquinhas, e o texto, ruizinho, não darão a idéia do que aconteceu. Mas acreditem, foi histórico!

Diário de bordo: dia 6

Dia histórico!
Durante a manhã, como um típico casal de turistas, visitamos o bairro La Boca, onde se encontram o Caminito e a Bombonera. Os moradores do bairro, de origem napolitana, um pouco afastado do centro de Buenos Aires, sabem aproveitar como poucos o turismo. Transformaram um punhado de casinhas pobres e apertadas numa simpática região cheia de bares, restaurantes e todo o tipo de arte e artesanato. É um sucesso. Num único restaurante assistiam a uma apresentação de tango pessoas dos Estados Unidos, Dinamarca, Espanha, Brasil, México e Polônia. Já La Bombonera, o estádio de futebol do Boca Juniors, num passa de uma Vila Belmiro azul e amarela. Um pouco maior, talvez.
Ja a tarde, garanto, foi incrível. Inesquecível para nós e toda a Buenos Aires. Explico no próximo post.

Diário de bordo: dia 5

Começamos 2009 numa moleza. Por enquanto, o MM descança no estacionamento e nós curtimos Buenos Aires à pé.
Cidade vazia, quase tudo fechado, mesmo assim foi possível conhecer alguns dos principais pontos turísticos da cidade. Visitamos a Estação Retiro, Puerto Madeiro, Casa Rosada, Catedral Metropolitana, Plaza de Mayo e um pedacinho da Avenida 9 de Julio. Alias, nesta avenida, palco da largada do Dakar, já se pode ver os preparativos para o evento de amanhã. Encontramos também, rodando pela cidade, alguns carros e caminhões das equipes de apoio. Os veículos dos competidores estão na Plaza Italia, num outro canto da cidade.
As fotos são do Puerto Madeiro, Casa Rosada, de um dos carros de apoio e da Avenida Córdoba.

31 de dezembro de 2008

Diário de bordo: dias 3 e 4

Como previsto, não é todo dia que tem atualização no blog. Como o segundo e o terceiro dias se fundiram, juntamos também os relatos num post só.
Saímos de Foz do Iguaçu logo cedo. Destino: algum lugar entre a cidade brasileira e Buenos Aires. Confesso que estava preocupado com os procedimentos da Aduaneira e principalmente a honestidade dos policiais rodoviários argentinos. Durante a fase de planejamento não ouvimos bons relatos sobre os guardas e extorções e subornos pareciam ser práticas bem comuns. De fato, fomos parados várias vezes. Havia muitos postos policiais durante o trajeto e ao contrário do que acontece no Brasil, os policiais argentinos são muito mais ativos e abordam muitos carros, o tempo todo. Surpresa. Nenhum problema com os guardas. Pelo contrário. Foram todos educados e prestativos. O Super MM, inclusive, para o orgulho desses que atualizam o blog, toda vez que parado, ganhava um elogio. “Bela máquina”, diziam os guardas. Por falar em cordialidade, também simpáticos foram Alejandro e seu pai, Danilo, dono do restaurantinho de beira de estrada, na deserta Apósteles, que paramos para almoçar. Engraçados esses argentinos. Em 40 minutos conversamos (bem, tentamos) sobre a expedição, automóveis, aviões militares (!), cachorros, papagaios e, claro, futebol. A comida, aliás, é boa.
Antes disso, na Província de Missiones, entre Foz e Posadas, região muito parecida com o interior do Paraná, visitamos as ruínas das sociedades criadas e organizadas pelos jesuítas no século XVII. Valeu a parada.
Depois de Posadas, retas sem fim que cortam a também imensa planície argentina. Abortamos o plano de dormir em Concórdia. Por conta das queimadas, que faziam com que a fumaça invadisse a cidade, e da pobre rede hoteleira da quase deserta região, decidimos esticar um “pouquinho” a perna e seguir direto para Buenos Aires. Bom, deixamos para trás, em 20 horas, 1.354km. Ufa! Agora, em Buenos Aires, a missão é encontrar os jipes e os participantes da competição. Eles estão por toda a cidade.

Hoje é dia de festa. Feliz 2009!

29 de dezembro de 2008

Diário de bordo: dia 2

Foz do Iguaçu é bem legal. Não sei como descrever as cataratas. Nunca vi tanta água caindo de tão alto. De toda parte do canyon, que mede uns quatro quilômetros de extensão (um belo de um chute), despenca sempre uma cachoeira enorme. Fantástico. Não é à toa que o lugar é visitado por gente, muita gente, do mundo todo. Numa visita de algumas horas encontramos argentinos, paraguaios, alemães, italianos, japoneses e um ou outro brasileiro.
Também fantástica é a Usina Hidroelétrica de Itaipu. A faraônica barragem de 2km de comprimento entre os territórios brasileiro e paraguaio impressiona. De tão grande, às vezes se esquece que está sobre as águas do também gigante Rio Paraná.
Como prometido, aí estão as primeiras fotos da expedição. Pela qualidade, estilo e classe, perceberão que daqui em diante assinamos todas as imagens. De cima para baixo, uma das várias quedas das cataratas, a passarela e o montão de gente que visita o lugar, e um pedacinho da gigante Itaipu.
Amanhã é dia de carimbar passaporte. Mandamos notícias da Argentina.

28 de dezembro de 2008

Diário de bordo: dia 1

Estamos em Foz. Segundo o GPS, rodamos 1.040 em 13 horas, contando todo o tempo que paramos para tomar um cafezinho, almoçar, tomar outro cafezinho...
Todas as rodovias, desde São Paulo, estão em boas condições, o que tornou essa perna da expedição, apesar de longa, uma moleza.
A cidade é incrivelmente quente, abafada mesmo. Lembra a Bahia, mas sem brisa.
Hoje é dia de descanso. Vamos visitar as Cataratas pela manhã e Itaipu à tarde. Claro, à noite mostro as fotos.

27 de dezembro de 2008

Diário de bordo: chegou a hora!

Vai começar. Vou tentar dormir umas horas porque amanhã, às 5h, saímos de São Paulo. O próximo post será escrito de Foz do Iguaçu. De agora em diante todos os relatos e fotos serão de nossa autoria. Sejam pacientes!
Até Foz!

25 de dezembro de 2008

O roteiro, cidade a cidade: Foz do Iguaçu (a volta)

Nossa última parada, já de volta ao Brasil, será novamente em Foz do Iguaçu, no dia 15 de Janeiro de 2009. Ninguém é de ferro (nem o MM – o jipe é de fibra!), por isso, após rodar mais de 9.000km, reservamos um dia para cruzarmos a Ponte da Amizade e conferir o que Ciudad del Este tem para oferecer. Depois do dia de compras, só restarão 1.042km até São Paulo. Um pulinho! Estaremos em casa de novo no dia 17.
Com esse post encerramos essa série. O roteiro e as principais cidades que visitaremos foram descritos. Está quase na hora de começarmos a atualizar o blog com os nossos próprios relatos e fotos.

23 de dezembro de 2008

O roteiro, cidade a cidade: Corrientes

Às margens do Rio Paraná, Corrientes, nossa última parada em solo argentino, fica a 830km de Salta. Entre as duas cidades, uma reta de quase 500 kilômetros! A chegada está prevista para o dia 14 de Janeiro.
Apesar das atrações da região, a maioria ligada às atividades náuticas, não vamos permanecer na cidade tempo o suficiente para conhecer seus pontos turístcos. Deixaremos Corrientes no dia seguinte, 15 de Janeiro, indo direto para Foz do Iguaçu, no Brasil.
Para saber mais sobre a região, acesse http://www.welcomeargentina.com/.

22 de dezembro de 2008

Um tributo ao Dakar

Há um punhado de vídeos legais do Rali na net. Pode-se criar um blog só para eles. Esse, pela beleza do cenário, pelas fantásticas tomadas, algumas dos primeiros anos da competição, e pela música, mereceu o destaque deste bloguezinho.

Legal, não?

19 de dezembro de 2008

Eles estão entre nós!

O Grande Benelux e os 820 veículos desta edição do Dakar chegaram! O navio, que deixou a Europa no dia 2 de Dezembro, ancorou hoje no porto de Zarate hoje.

O roteiro, cidade a cidade: Salta

Ao deixarmos San Pedro, no dia 13 de Janeiro, começaremos a volta para casa. Até Salta, no noroeste argentino, nossa primeira parada após deixarmos o Atacama, percorreremos 564km. A viagem é das mais interessantes. São impressionantes o deserto e suas formações rochosas e o quase completo isolamento da região. Na estrada, já do lado argentino, chegaremos a atingir 4.170 metros de altitude. Talvez o ponto mais alto da expedição. Além disso, as Grandes Salinas, a 3.400m do nível do mar e os bravos que extraem sal de seus depósitos são outra grande atração.

Mais sobre a região nos sites welcomechile.com e welcomeargentina.com.


17 de dezembro de 2008

Os brasileiros no Dakar

Na edição de 2009 do Rali, o Brasil estará representado em todas as categorias existentes. Quase que esqueço do Carlo Collet...
Abaixo, os valentes que se arriscarão nos 9.574 kilômetros da competição:

Nas motos:
  • José Hélio Rodrigues Filho (Honda)
  • Mattheis Rodolpho (Yamaha)
  • Dimas Mattos (KTM)
  • Carlos Ambrósio (KTM)
  • João Tagino (KTM)
  • Fabrizio Bianchini (KTM)

Nos carros:

  • Jean de Azevedo/Youssef Haddad (Mitsubishi)
  • Guilherme Spinelli/Marcelo Vivolo (Mitsubishi)
  • Paulo Henrique Pichini/Lourival Roldan (Mitsubishi)
  • Reinaldo Varela/Marcos Macedo (Mitsubishi)

Nos caminhões:

  • André de Azevedo/Maikel Justo/Jaromir Martinec (TATRA)

Nos quadriciclos:

  • Carlo Collet

Boa sorte a todos!

16 de dezembro de 2008

Na Cola do Dakar na imprensa

E não é que a nossa história, contada nesse bloguezinho mal escrito, virou notícia?
A Expedição Na Cola do Dakar teve a honra de ser notícia no blog do Flávio Gomes, um dos melhores endereços na net para fãs de automobilismo, ganhou uma chamadinha na primeira página do site da Revista Planeta Offroad, e, agora, virou destaque no caderno de esportes do jornal A Tribuna, de Santos (vejam a foto aí ao lado).
Confiram!
http://colunistas.ig.com.br/flaviogomes/2008/12/01/na-cola-do-dacar/
http://planetaoffroad.com.br/

15 de dezembro de 2008

Super MM adesivado!

"Estamos prontos!" É o que disse o Super MM. A partir desta segunda-feira, o nosso famoso 4x4 já pode ser facilmente identificado por onde andar, seja nas ruas do bairro, seja nas avenidas de Buenos Aires. Ele acaba de ganhar nas portas, vidros e capô o adesivo da expedição.
Tem razão. Estamos prontos!

12 de dezembro de 2008

O roteiro, cidade a cidade: o Deserto

Achamos que o deserto merece um post só pra ele. É muita coisa legal pra ser dita em só um ou dois parágrafos. Então, abaixo, segue um resumo das atrações do Atacama e região.
O clima, nesta época do ano, não é lá muito severo. Encontraremos temperaturas que vão de zero, à noite, a 30ºC durante o dia.
O deserto, vocês sabem, localizado na região norte do Chile, tem cerca de 200km de extensão. É nessa área, de altitudes que variam de poucos metros acima do nível do mar aos 6.885 metros de altitude do vulcão Ojos del Salado, que se distribuem erosões, dunas, montanhas, salinas, gêiseres, vulcões, lagoas coloridas, vales e canyons. Outra atração imperdível são as múmias de mais de 1.000 anos deixadas pelos Chinchorros, antigo povo habitante da região.
Abaixo, lista e breve descrição dos mais interessantes lugares do Atacama:

  • Chuquicamata: maior mina de cobre a céu aberto do mundo
  • Cordilheira do Sal: formada há milhões de anos, é um antigo lago cujo fundo foi levantado e verticalizado pelos mesmos movimentos da costa terrestre que originaram a Cordilheira dos Andes
  • Geisers del Tatio: a quase 5 mil metros do nível do mar, lançam nuvens de até 11 metros de altura
  • Lagoa Miñiques: localizada próxima ao Salar de Atacama
  • Lagoa Miscanti e Lagoa Verde: lagoas altiplânticas
  • Museu arqueológico Padre Le Paige: em São Pedro, destaca a cultura atacamenha
  • Pukara de Quitor: antiga fortaleza Inca, restaurada em 1992
  • Ruínas de Tulor: antigas ruínas da região
  • Salar de Atacama: planície de sal, povoada por flamingos
    Termas de Puritama: com propriedades medicinais, a temperatura de suas águas variam entre 25 e 30°C
  • Vale da Lua: depressão no meio da Cordilheira do Sal
  • Vale da Morte: formada por terreno arenoso e montanhoso, possui admiráveis esculturas naturais
  • Vulcão Corona: possui 5.200m de altitude
  • Vulcão Lascar: possui 5.592m de altitude
  • Vulcão Licancabur: possui 5.916m de altitude
  • Vulcão Miñiques: ocupa uma área de área de 1,5km²
  • Vulcão Miscanti: ocupa uma área de de 15 km²
  • Vulcão Ojos del Salado: a 6.885m de altitude, é o vulcão mais alto do mundo

10 de dezembro de 2008

O roteiro, cidade a cidade: San Pedro

A apenas 323km de Antofagasta, a cidade de San Pedro, conhecida como a porta do deserto do Atacama, é, sem dúvidas, um dos pontos altos da Expedição na Cola do Dakar.
São muitas as atrações. Dividiremos os 3 dias que ficaremos hospedados em San Pedro entre vulcões, gêiseres, vales fantásticos, dunas enormes, salares, lagos, lagoas, história, arqueologia...
Além das belezas naturais do deserto mais árido do mundo, a cidade também também é fantástica. Hotéis charmosos, construções antigas, gente de todo o mundo e gente dali mesmo, verdadeiros descendentes e representantes da cultura Inca e Atacamenha.
Mais sobre San Pedro?

O roteiro, cidade a cidade: Antofagasta

Deixaremos La Serena pra trás no dia 8 de Janeiro. Nesse mesmo dia, a 945km ao norte, chegaremos a Antofagasta. A cidade tem slogan: "Onde o deserto termina no mar" (ou algo parecido). E parece mesmo fazer sentido. Se a oeste de Antofagsta está o Oceano Pacífico, já em sua região tropical, a leste, por sua vez, está o começo do Atacama.
No roteiro original da Expedição na Cola do Dakar, Antofagasta (há quem escreva Autofagasta) é apenas uma passagem rumo ao deserto. Mas as belas praias e atrações da cidade são tantas que já começamos a cogitar a possibilidade de, antes de enfrentar a mais árida parte da viagem, aumentar em um dia nossa estadia nessa parte do litoral chileno. As fotos explicam melhor nossa hesitação (há mais no site http://www.welcomechile.com/).

7 de dezembro de 2008

O roteiro, cidade a cidade: La Serena

Ah! O Pacífico!
A 598km de Santiago, fundada em 1.554, a segunda cidade mais antiga cidade do Chile, La Serena se estende do pé da cordilheira ao litoral chileno. As praias da cidade, banhadas pelas águas do Pacífico, frias mesmo durante o verão, são bem agitadas. Aliás, essa deve ser a maior das atrações. Será a primeira vez que os membros da expedição molharão os pés em outro oceano. La Serena também está na rota do Dakar. Os competidores chegarão à cidade dia 11 de Janeiro.
Mais sobre a cidade, acesse www.welcomechile.com.

5 de dezembro de 2008

O Rali: eles estão chegando


A bordo do Grande Benelux, os 800 veículos desta edição do Dakar estão chegando. A chegada ao Porto de Zarate, Buenos Aires, do navio da organização, que navega a cerca de 31km/h, está prevista para o dia 16 ou 17 de dezembro. Nós estamos esperando.

3 de dezembro de 2008

O roteiro, cidade a cidade: Santiago

Chegaremos a Santiago no dia 5 de Janeiro, nono dia da expedição. De San Luiz à capital chilena, percorreremos cerca de 561km. Parece pouco, mas não é a distância que nos preocupa. Entre as duas cidades, além de Mendoza e suas vinícolas, parada obrigatória, teremos que vencer a imponente Cordilheira dos Andes. Faremos contato visual com o Aconcágua, ponto mais alto das Américas (6.959,6m), e seguiremos para o Chile cruzando os 3.080 metros do Túnel Cristo Redentor (também conhecido como Túnel Internacional), localizado na fronteira entre os dois países a 3.175m de altitude. Do lado de lá do túnel, já em território chileno, começa a impressionante descida dos Caracoles, local certo para fotografias.
Uma vez em Santiago, faltará tempo para todas as atividades. As duas noites que passaremos na capital serão divididas entre visitas ao Palácio de La Moneda, Plaza de Armas, Mercado Central, Museu Nacional de Belas Artes, Cerro São Cristóbal, Jardim Japonês, Parque Florestal...será intenso!
Depois de Santiago, vamos para La Serena, litoral chileno.

Mais sobre Santiago?

http://viajeaqui.abril.com.br/

2 de dezembro de 2008

O Rali

Sim, com R maiúsculo.
O Dakar é, sem dúvida, o Rali. Esse post é o primeiro de uma série que tratará exclusivamente da competição. Sim, a série “O roteiro, cidade a cidade” continua. Não, não temos a pretensão de elaborar um “clipping” sobre o Rali. O que vamos fazer é, aos poucos, matar algumas curiosidades, falar do novo trajeto, dos competidores e contar as novidades do evento.
Comecemos pela história. O Rali surgiu por acaso. O piloto de moto (!) Thierry Sabine, durante o Rali Abidjan-Nice, em 1977, perdeu-se no deserto da Líbia. O francês sobreviveu, literalmente, para contar a história. Admirado com as paisagens que encontrou, propôs-se a dividir aquele cenário com o maior número de pessoas o possível. Surgia então, em 1979, o Paris-Dakar.
Thierry faleceu num acidente de helicóptero na edição de 1986 do Rali.
Merci, Thierry!
Mais informações sobre o Rali?

1 de dezembro de 2008

O roteiro, cidade a cidade: San Luiz

Deixaremos a capital portenha no dia 4 de Janeiro. De Buenos Aires a San Luiz, nossa próxima parada, serão cerca de 561km, sempre para Oeste. Nos despedimos, por um momento, do "circo" do Dakar, que, a todo vapor, seguirá para Sudoeste, rumo a Santa Rosa. Nos veremos, novamente, no litoral chileno. San Luiz (há fontes que também chamam a cidade por San Luis) soube preservar muito bem sua história, é rica em museus e a arquitetura é marcada por construções do período colonial. Para a expedição, a cidade que fica ao pé da Cordilheira dos Andes, é um ponto estratégico. É em San Luiz que carregaremos nossas forças para superar, pela primeira vez, altitudes de quase 4.000 metros, no caminho para Santiago, Chile.

28 de novembro de 2008

O roteiro, cidade a cidade: Buenos Aires

De Concordia à capital argentina, percorreremos, margeando todo o lado oeste do Uruguai, 418km. Chegaremos em Buenos Aires no dia 31 de Dezembro, à tarde.
Durante a permanência na cidade, vamos nos hospedar no Sheraton Libertador Hotel (www.sheraton.com/). Nas 4 noites que ficaremos em Buenos Aires, nosso maior problema será conhecer tudo o que a cidade oferece. Além da festa de Reveillon, a capital portenha é cheia de atrações: Plaza de Mayo, Casa Rosada, Catedral Metropolitana, Avenida 9 de Julio e os Bairros de Recoleta, Puerto Madeiro e La Boca.
Claro, estaremos lá para assistir a largada do Dakar, um dos momentos mais esperados da expedição. O início do Rali está marcado para o dia 02 de janeiro, no Obelisco, exatamente no encontro das Avenidas 9 de Julio e Corrientes. Aliás, parte dos carros, 820 veículos, incluindo competidores e organização, embarca para Buenos Aires na segunda-feira, dia primeiro de Dezembro.
Deixaremos Buenos Aires para trás no dia 4 de Janeiro, rumo a San Luiz. Assunto para o próximo post.
Quer saber mais sobre a cidade?

26 de novembro de 2008

O roteiro, cidade a cidade: Concordia

Nossa segunda parada, já em território argentino, será na cidade de Concordia.
A cidade está situada na margem oeste do Rio Uruguai, na Província de Entre Rios, aproximadamente, a 615km de Foz do Iguaçu.
No caminho, passaremos em Posadas, situada na Provícia de Misiones, na margem do Rio Paraná, famosa por sua arquitetura típica da época da missões jesuítas.
Apesar das belezas e atrações da região, nossa estadia em Concordia se resumirá a apenas uma noite. A cidade está no "meio" do caminho entre Foz e Buenos Aires, um dos pontos altos da expedição e tema do próximo post.
Para conhecer mais sobre Posadas e Concordia, acesse:

23 de novembro de 2008

O roteiro, cidade a cidade: Foz do Iguaçu

Nos próximos posts detalharemos todas as cidades que serão visitadas, os principais pontos turísticos, as atrações, as particularidades da região, os desafios do caminho, onde ficaremos e muito mais.
A primeira parada, ainda em solo brasileiro, é Foz do Iguaçu. De São Paulo a Foz, percorreremos mais de 1.000km. A jornada, que começa na Rodovia Castelo Branco (SP280), será a maior distância percorrida num único dia.
Localizada no oeste do Estado do Paraná, Foz do Iguaçu é vizinha de Ciudad del Este, no Paraguai, e Puerto Iguazu, na Argentina. Na ida, lembrem-se que vamos estar em Foz em dois momentos da expedição, vamos visitar as Cataratas, uma das candidatas às Sete Novas Maravilhas do Mundo, e a Hidroelétrica de Itaipu, a segunda maior usina hidroelétrica do planeta.
Durante a nossa primeira passagem pela cidade, ficaremos hospedados no Turrance Green Hotel (www.turrancehotel.com.br/).
Pra saber mais sobre Foz do Iguaçu, acesse o site da cidade:

Colaboradores

Durante o planejamento do roteiro, da logística e preparação do Super MM, contamos com a ajuda de muitos amigos. Provavelmlente seremos injustos e esqueceremos alguns, mas, abaixo, cito aqueles que, de alguma maneira e ao seu modo, colaboraram (e ainda colaboram) com a expedição:

  • Fórum 4x4 Brasil (www.4x4brasil.com.br/): há uma dúzia de tópicos relatando as experiências daqueles que já se aventuram a viajar pela América do Sul. O fórum, e seus colaboradores, serão determinantes para o sucesso da expedição
  • Troller Club (http://br.dir.groups.yahoo.com/group/trollerclube/): sem dúvida, a melhor lista de debate sobre o bugão. Foi fundamental durante a fase de preparação do Super MM
  • Cabeçudos Offroad (www.cabecudosoffroad.com.br/): é nas trilhas que fazemos com esses amigos que aprendemos tudo o que não se deve ser feito com um 4x4
  • Os mecânicos, mechânicos, eletricistas e entendidos: Edmilson, Ivair, Japonês, e mais uma meia dúzia de "experts". São os profissionais que apertam os parafusos do MM

Ainda vamos nos lembrar de outros. Certamente o post será editado algumas vezes.

Como previsto, o post teve que ser modificado. É preciso lembrar a ajuda que recebemos de um monte de gente com alguns dos equipamentos que carregamos. A barraca, por exemplo, foi emprestada pelo Cabeçudo João. Meu irmão, o Fábio, emprestou seu fogareiro. Outro Fábio, o Vasconcelos, foi fundamental na confecção das camisas e camisetas. Meu sogro, o Seu Nelson, foi quem fabricou o cambão. O Samy, por usa vez, foi fundamental no desenvolvimento e fabricação do suporte do galão de combustível. E a lista continua. Devo estar esquecendo um monte de gente. A todos, um muito obrigado.

19 de novembro de 2008

Documentos e equipamentos exigidos

Além dos documentos exigidos normalmente no Brasil, durante a nossa viagem alguns outros serão exigidos.
  • Carta Verde: porte obrigatório na Argentina, Paraguai e Uruguai. É uma espécie de seguro para terceiros. Qualquer seguradora, no Brasil, pode providenciar o documento. O prazo para emitir a carta é curto, cerca de uma semana. O valor varia conforme a permanência nesses países

  • Carteira Internacional de Habilitação ou Permissão Internacional para Dirigir (PID): porte obrigatório no Chile. Pode ser solicitada ao Detran

  • Passaporte: não é exigido mas é um bom documento a ser apresentado nas aduaneiras

Na Argentina, são exigidos também um segundo triângulo de emergência e um cambão. Num primeiro momento, a necessidade desses equipamentos pode parecer estranha, mas há relatos que justificam essa exigência. Nas regiões andinas, por exemplo, o reboque de veículos com problemas mecânicos só pode ser feito com relativa segurança fazendo-se uso de um cambão.

Logotipo

Todos na expedição, a Dani, eu e o Super MM, estaremos uniformizados. Levaremos no peito, nos vidros e nas portas o logotipo-marca da expedição.
Na ilustração, além das bandeiras estilizadas dos países visitados, há um mapa da região destacando a nossa rota, em laranja, as principais cidades visitadas e alguns dos locais por onde o Dakar passará.

14 de novembro de 2008

O Super MM

Ele é, sem dúvidas, o nosso maior parceiro em toda a expedição. Será, durante os 21 dias, nosso transporte, casa e um pedacinho do nosso país.
O Super MM é configurado para trafegar, como todo bom jipe, em todo o tipo de terreno e situação. Sua preparação o tornou apto a completar qualquer trilha e ainda sim ser um veículo muito funcional em percorrer longas distâncias em diferentes tipos de condição. Nesta expedição, durante os momentos mais severos, seja cruzando os Andes ou atravessando o deserto, sua capacidade e resistência serão postos à prova.
A lista abaixo o descreve melhor e em detalhes:
  • Viatura: Troller TDI 2.8 (acredite, apesar da foto, ele é verde!)
  • Pneus: BF Goodrich MUD 33”
  • Bloqueio de Diferencial Traseiro Kaiser
  • Guincho Elétrico Warn 9.5xp
  • Cinta de reboque de 5m
  • Patesca
  • Anilhas
  • 4 Faróis Auxiliares
  • Bagageiro de teto
  • Galão extra de combustível de 20 litros
  • Rádio VHF
  • Calços de molas de 3cm
  • GPS Garmin 276C
  • Inversor de energia de 400W
  • Cambão
  • 2 triângulos

O Roteiro

Nosso roteiro passa por extremos. Do Atlântico ao Pacífico. Da agitada São Paulo à despovoada região do noroeste argentino. Do requinte de Buenos Aires à simplicidade de São Pedro. Das baixas temperaturas nos pontos altos dos Andes ao calor do litoral chileno. Dos eletrônicos de Ciudad del Este às múmias do Atacama. Na tabela ao lado, estão as cidades a visitar, as distâncias a percorrer e o cronograma da expedição.